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Manaus,05/05/2024

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Governo venezuelano chama de "intervencionista" manifestação brasileira de preocupação sobre eleições no país

g1.globo.com
Governo venezuelano chama de "intervencionista" manifestação brasileira de preocupação sobre eleições no país
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Itamaraty divulgou nota questionando impedimento de registro de candidatura de opositora ao governo Maduro. Venezuela diz que nota pareceu ditada por americanos. O Ministério das Relações Exteriores venezuelano chamou de "intervencionista" e com comentários "carregados de profundo desconhecimento e ignorância" a nota publicada nesta terça-feira (26) pelo Itamaraty manifestando preocupação com as eleições no país vizinho.
Governo venezuelano chama de "intervencionista" manifestação brasileira de preocupação sobre eleições no país
No documento, a chancelaria brasileira manifestou "expectativa e preocupação" com os últimos acontecimentos relacionados às eleições presidenciais para sucessão de Nicolás Maduro, previstas para 28 de julho.
A principal frente de oposição da Venezuela afirmou que não conseguiu inscrever a sua candidata, Corina Yoris, no site do Conselho Nacional Eleitoral, o órgão responsável pelas eleições no país. O prazo terminou às 23h59 de segunda-feira (25).
"[O Brasil] observa que a candidata indicada pela Plataforma Unitaria, força política de oposição, e sobre a qual não pairavam decisões judiciais, foi impedida de registrar-se, o que não é compatível com os acordos de Barbados. O impedimento não foi, até o momento, objeto de qualquer explicação oficial", diz trecho do comunicado do Itamaraty.
Opositores na Venezuela exigem mais prazo para registrar candidata
Analistas afirmam que o bloqueio a Corina Yoris tem motivação política. À ageência de notícias AFP, o cientista político Jorge Morán afirmou que o chavismo busca repetir o cenário de 2018, quando a oposição boicotou as eleições presidenciais vencidas por Maduro.
Especialistas ouvidos pelo g1 e pela GloboNews também avaliaram que, apesar de correta a tentativa do presidente Lula de incentivar eleições no país vizinho, as chances de o presidente brasileiro influenciar Maduro eram "pequenas", pois os sinais recentes do venezuelano eram "ruins".
"Ditada" pelos americanos
Na resposta à manifestação brasileira, a chancelaria venezuelana disse que o comunicado emitido pelo Itamaraty -- "redigido por funcionários", enfatiza o texto -- parecia "ter sido ditado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos".
Maduro e Lula
Ricardo Stuckert / PR
"O governo venezuelano tem mantido uma conduta fiel aos princípios que regem a diplomacia e as relações de amizade com o Brasil", diz o texto. "O governo bolivariano agradece as manifestaçaões de solidariedade do Presidente Lula da Silva que, de maneira direta e sem ambiguidades, condenou o bloqueio criminoso e as sanções impostas de maneira ilegal pelo governo dos Estados Unidos para causar dano ao nosso povo", conclui o documento.
Ao longo das últimas semanas, diplomatas já vinham afirmando internamente que o comportamento de Maduro ia na "contramão" do Acordo de Barbados, mencionado pelo governo brasileiro em sua manifestação.
Firmado em outubro de 2023, o acordo previa a participação de observadores internacionais no acompanhamento das eleições, com liberdade de imprensa e sem restrições a candidatos na disputa. Em troca, os americanos concordaram em levantar sanções ao petróleo venezuelano.

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